quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Às vezes eu não queria ser assim. Não queria pensar o tempo todo que preciso de alguém que me trate, que abra minha cabeça e me diga quem eu sou, o que eu devo fazer.

Não queria derramar todas as lágrimas que eu derramo, nem falar todas as mentiras que eu falo, por mais que quando eu diga, elas me pareçam verdade.

Não queria me encolher no chão, ou bater a cabeça na cama. Não queria jogar tudo pro ar, não queria olhar pra bagunça que eu faço.

Parece mesmo que tenho um parafuso a menos. Tenho medo. Medo que o poço se torne mais fundo, medo que o fundo fique mais raso, medo que o gole seja maior, e que o corte seja profundo.

Nunca sei o que realmente quero ver, ou o que vejo. Meus parâmetros mudam demais, minhas coisas mudam demais. É tudo demais.

Nem sempre sei se meu passado educou bem ou mal, só sei que não sou mais a mesma, e sei que nunca mudei.

Não se sinta mal por não entender, eu juro que também não entendo. E me desculpa se às vezes eu quero ir embora.