sexta-feira, 21 de novembro de 2008

No final, nunca se tem o que dizer.

É um ciclo vicioso.
Os dias passam, os meses passam, os casos mudam... mas é sempre a mesma coisa.
Mas ainda assim, sempre parece ser diferente. Sempre parece que dessa vez é sério, é verdade, que é a última vez. Mas no fim, não era nada daquilo.
O problema é que não importa que se saiba disso, sempre se age como se dessa vez fosse mesmo diferente.
Se preocupar como se fosse sério...
Tentar resolver tudo como se fosse pra sempre...
Pedir ajuda como se fosse caso de vida ou morte.
Acontece que se é sempre o mesmo, e o poder de mudar qualquer coisa dificilmente lhe pertence. Quem muda as coisas de verdade, quem faz ser sério, faz ser diferente, faz ser a última vez nunca é o protagonista. 
Até que se mude a ponto de sair do ciclo, ou de entrar em outro, já se chingou muito, reclamou muito, jurou muito, chorou muito.
A angústia é sempre a mesma.
A vontade é sempre a mesma.
O incentivo só muda de nome.
É uma situação incontrolável, e o incontrolável geralmente é...




terça-feira, 4 de novembro de 2008

Lenine

Duas horas sorrindo, sem parar. O olhar vidrado no palco. Os sentimentos atiçados pela música.
As lágrimas, surpreendentemente, à beira de escorrer. Não tristeza, mas alegria.
Homens viram deuses quando sobem no palco.
Infelizmente, pareceu pouco.
Ele podia ter tocado mais.